A história deste projeto
A primeira edição do Para Entender foi lançada em 2009. Ela aconteceu como um experimento sobre o custo-benefício de se produzir e publicar um livro digital.
O Juliano Spyer aproveitou a edição desse ano da Campus Party (http://www.campus-party.com.br) para se encontrar e convidar "geeks" para escreverem sobre suas práticas relacionadas à comunicação mediada por computadores.
Se a edição de um livro impresso no Brasil costuma demorar um ano para sair e ter entre mil e dois mil exemplares, o Para Entender ficou pronto em 45 dias e em uma semana tinha tido em torno de 5 mil downloads.
A primeira versão do projeto foi feita "na unha" usando programas como Word e Power Point. Em 2010 o André Avorio entrou no barco para ajudar a conceber e realizar a ideia de que o Para Entender fosse mais automatizado. No site que ele construíu (e não está mais ativo), o novo autor não precisava nos conhecer para enviar sua colaboração.
Ele ou ela faziam isso e, depois de aprovado, continuava atualizando o conteúdo pelo site. O projeto funcionou entre 2014 e 2020.
Conceito deste livro
Muita gente tem se perguntado se o livro enquanto meio de comunicação vai acabar. Mas talvez seja mais interessante descobrir em que ele está se transformando.
Será que as pessoas comuns como as que hoje mantém a maior e mais completa enciclopédia pública da História - a Wikipédia - podem também ajudar a fazer livros? Essa é a ideia por trás deste projeto: oferecer um livro produzido coletivamente, que se mantém atual com o tempo e que, sendo grátis, é distribuído espontaneamente pelos próprios leitores.
Em vez de ter em mente o "velho livro" de papel...
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Pense em um software que está sempre sendo aprimorado e atualizado.
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Pense na Wikipédia: muitos colaboram para que o site ganhe relevância. Mas, neste caso, cada artigo têm um autor.
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Pense nestas novas empresas de aviação que baixaram o preço das passagens automatizando processos. Mas, neste caso, o serviço é fazer livro.
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Pense naquilo que é mais importante para uma editora: não é imprimir nem editar e sim escolher, fazer a curadoria.